As vezes sou assim um motorista perdido.
Um soldado ferido.
Uma bússola sem norte.
Um GPS sem sinal.
Uma faca sem corte.
Um gato latindo.
Uma galinha miando.
Uma preá mugindo.
Um leão cantando.
Esse carro desgovernado.
O trem em alto mar.
O moço jovem malvado.
O cantor calado.
Sou eu assim.
Todo sem jeito.
Deitado no leito.
Morrendo aos poucos.
Vivendo entre loucos.
Nesse mundo perfeito ou imperfeito.
Não sei, estou vendo esse enredo.
Todo corajoso morrendo de medo.
Sou torto, sou direito.
Sou nada, sou qualquer.
Sou assim, como quiser.
Giovane Silva Santos
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