Povo de coleira
Procurando uma razão e empinando a palavra como uma seta,
meu dizer e meu rimar pode não ser de poeta, porém a angústia dos desastres
ocular me faz agora apontar, esse povo manso que recebe na cara o tai, late
baixinho como um cachorro balaio, que lambe os pés do dono, assim são as elites
do trono, que domina um rebanho, assim é a massa conformada com as mazelas,
submete a deleitar elogios para o homem, nas igrejas, nos currais, no
congresso, nos pleitos de carnavais, amando e venerando personalidades
vaidosas, e a evolução da mente e coração se faz vagarosa, muito interesse,
comodismo e ignorância, engano e muita heresia, o dinheiro é fonte dessa
ventania e a vaidade de ser ou aparentemente deter, esse fardo poder, estando
numa classe que desce ladeira e não percebe que não só os cachorros, o povo também
usa coleira, e amarrado na soberba e prepotência, remete o desprezo pela
coerência, até mesmo eu tenho essa carência, porém acho que somente a Deus deve
se a reverência.
Giovane Silva Santos
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