Quando eu tenho vergonha de
mim
São lembranças que deveriam ser puro afago, mas no seio faz
estrago, são rebentos, erros, falhas, pecados que trago, eu menino, eu malino,
eu traquino, eu transgressor, eu furor, eu desamor, quando o grau pejorativo me
fez adjetivo destrutivo, o feio, o horrível, embora algumas aberrações merecem
um advogado, pois é possível que seja tolerado, rebentos de juventude, um grau
de inquietude, a inocência, a transição que uma mente passeia, o desastre nela
vagueia, porém são riscos que se configuram no DNA, tem a assinatura do destino
que não se pode negar, se foi a criança ou o adulto, a culpa se faz absoluto,
queria ser inocentado, mas condenado como astuto e de repente o peso bruto, a
consciência que pesa, de quando neguei a reza, lembro perfeitamente, aquele
aluno inconsequente, quando me tomei de inveja, quando fui indecente, o orgulho
e a malícia, parecia até que fazia parte da milícia, dos fundadores do mau
comportamento, hoje com muito arrependimento e sabedor natural, que sou uma
criatura carnal tentando fugir do mau, porém esse caráter singular, pode me
fazer pecar, repetir e errar, sei que vou pagar, ganância, ambição, vaidade,
orgulho, tudo isso me constrange simples assim e tomo quando eu tenho vergonha
de mim.
Giovane Silva Santos
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