Como sou
Sou comum, sou especial, depende da ótica, sou uma mente
numerosa, sou solidão assombrosa, sou canto celestial que viveu inferno astral,
sou bicho ardente, água fervente, sou pó, sou gente, sou cada letra escrita,
sou o limite do meu pensar, sou infinito a me ofertar, muitas vezes sinto me um
pequeno intruso, as vezes gigante, mas confuso, na real, uma fala clara, de
tudo que se deu, um ladrão, um ateu, um ambicioso, elo criminoso, fumante inconsequente,
o álcool quente, que fique claro nessa tábua de confissão, o que restou então,
um menino quarentão, recomeço, reação, que a vida possa lhe dar aptidão, na
quietude, quem sabe vigor e juventude, nessa jornada penetrante, gozar do renovo,
mesmo que tropece, volte a devida prece, de onde o espírito foi e voltou, de
toda possibilidade e aprendizado, desviar das armadilhas tal qual o destino um
dia armou, sou eu, como sou.
Giovane Silva Santos
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