As grades do paraíso

Uma paisagem cheia de asas, logo no meio uma jaula atraente, voar seria o prato preferido daquele banquete recheado, porém um perigo eminente, a presença do orgulho, nesse banho, nesse mergulho, o que me convém e o que é necessário, tudo tenho aos séculos e centenários, se posso voar, por que entrar na jaula, o poder da chave, tentação naquela aula, o convite do pecado, da prisão, a liberdade comprometida, o espírito aflito, mas a soberba ganha voz, a liberdade agora é algoz, uma morte lenta, o inimigo tenta e a destruição é veloz, a vida com seus mistérios, da pureza a sabedoria, do entendimento e espírito em harmonia, porém muitos lutam com variadas armas, outros reféns da natureza, digo com franqueza, morrerei e não vou descobrir, o rio corre calmo para o mar do rebuliço, oferta se asas, mas o homem se prende nas grades do paraíso.

Giovane Silva Santos