Eu me encontrando
Meu propósito é zerar, no mar violento minha vida é
habitada, prostrado vejo esse barco balançar, mas quero zerar, será que ele
consente, será que atende, deve ser exaustivo, todos os dias uma petição, uma
oportunidade, na virada da madrugada aquele sonho nebuloso, o pecado bate na
porta, mas não quero parar, quero zerar, eu largo a rede e manda me ao mar
alto, digo que sou fraco e pequeno e não dá, mas ele diz que vai honrar, sou
lago encolhido, um tsunami, um vela que não queima, uma vulcão abrasivo, uma
rasa lagoa, profundas águas, no contraditório, no oposto, onde levanto o rosto,
vejo o gosto, então continuo andando e vejo eu me encontrando.
Giovane Silva Santos
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