Eu vejo em mim
Eu vejo em mim um ser com uma calmaria violenta, um
fracassado que tenta, tenta, uma coragem preguiçosa que ninguém aguenta, quando
proponho ser o filho do dono do mundo peço que me respeita, logo percebo que
sou um nó que o mundo rejeita, sonhos, delírios e loucuras, verdades e a fé que
cura, uma obra em construção, um início de confusa emoção, um vaso, as vezes
caco, sou meio intrínseco, explícito, sou oculto, sou exposição ignorada, sou
verso de uma poesia cuidada, sou uma completa nação, sou contexto da população,
sou nada não, sou um grão, sabe o que enxergo, a linha de chegada, mas sem
forças para a caminhada, a vontade ceifada, vejo a namorada misteriosa, o
troféu de uma pessoa orgulhosa, também vejo o coração solitário, que deixa a
coragem no armário, oh que ordinário, sei lá, tem mais, e assim, um pouco do
que vejo em mim.
Giovane Silva Santos
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