terça-feira, 10 de setembro de 2019


O que fui ontem, hoje difere e amanhã não sei


Como as águas dos rios que se renovam, assim é a pele da face do meu pensar, cada dia um tom, varia o som, pra ela é ruim e pra mim é bom, vou revelando esse repertório do meu humor, hoje eu nego, ontem voou, amanhã quem sabe o amor, com ele a dor, sabe o que eu queria agora meu bem, embalar três dias nesse trem, uma amada e não precisa de arem, um Deus, uma cruz, ser dono da balança, pronto, com minha dama no canavial, no fio da foice e no rebento emotivo ser que me toma, meu pensar é de menino sem doma, com vigor feroz, eu morro e vivo, eu digo sim e nego, meu pensar delira tanto que a loucura despreza, esse espinho de amador poeta que virei, o que fui ontem, hoje difere e amanhã não sei, todo dia uma prova que a cada palavra, o contexto da vida se renova.

Giovane Silva Santos

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