Meus medos
São tantos, quando olho pra mim os enxergo, não sei qual a
origem desse elo que constrange e maltrata, um nó que ata, a palavra não, não
pode, não consegue, sacode e persegue, tenho medo que eu não agrade o amigo, a
namorada, a família, o patrão, personalidade apavorada, um vazio, um vão, uma
lacuna mau cuidada, tremor, cilada, olha o que notei, fui mil vezes mais covarde, deixei a amante na
tempestade, aquela poderia ser filha, fiz de mim uma ilha, ao redor águas
agoniantes, meu colírio, meu óculos, preciso me enxergar, mesmo de binóculos,
essa cegueira que surgiu, em não ver o simples e agradável, a humilde remoção
das vaidades, oh orgulho, não sei se é tarde ou cedo para cuidar dos meus
medos.
Giovane Silva Santos
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