sexta-feira, 13 de setembro de 2019


Meus medos

São tantos, quando olho pra mim os enxergo, não sei qual a origem desse elo que constrange e maltrata, um nó que ata, a palavra não, não pode, não consegue, sacode e persegue, tenho medo que eu não agrade o amigo, a namorada, a família, o patrão, personalidade apavorada, um vazio, um vão, uma lacuna mau cuidada, tremor, cilada, olha o que notei, fui  mil vezes mais covarde, deixei a amante na tempestade, aquela poderia ser filha, fiz de mim uma ilha, ao redor águas agoniantes, meu colírio, meu óculos, preciso me enxergar, mesmo de binóculos, essa cegueira que surgiu, em não ver o simples e agradável, a humilde remoção das vaidades, oh orgulho, não sei se é tarde ou cedo para cuidar dos meus medos.


Giovane Silva Santos

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