Confessando
Confessei para o perdão, meus erros, meus defeitos, os
desmantelos do meu jeito, o cansaço, o fracasso, a frustração, o paredão criado
entre eu e a realização, minha impotência, minha incoerência, minha
incapacidade, minha vaidade, vida orgulhosa, a morte da prosa, lamentação e
murmúrio, soltando o verbo e reconhecendo, como sou pequeno, sou nada, menos
valor que pardal, uma tv sem canal, um pensar marginal, depressão e baixo
astral, vagabundo animal, isso e mais um pouquinho, quando remo sozinho, e a fé
se aparta, a memória se apaga, mergulhado na lama, mais de 40 nesse drama e
digo porém, que o senhor me perdoe essa tremenda ignorância, essa música sem
dança, eu na varanda da infelicidade, sinto que fui esquecido, sou um projeto
falido, não vejo teus sinais, cego fiquei, não ouço tua voz, surdo estou,
sentidos feridos, sinto consumido pelo desprezo, então estou confessando, sem
ti senhor eu não saio do porão, se tens misericórdia dar me tua mão, abra os
céus, oh milagres e promessas onde estão..
Giovane Silva Santos
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