Tudo que sou e tenho
O tempo é uma caminhada, muito pó na estrada, a verdade da
direção existe, coberta de um turbante triste, a mulher árabe, a vaca indiana,
o buda, a quem bate um papo com Maomé, ui, calafrio, aqui no meu Brasil,
arrepio, a livre expressão, seria a bela canção, mas a imagem está
comprometida, muita balela envergando o caráter da família, bom, o vento do
norte, cheiro forte, o pecado, a morte, ai quem não admira uma princesa de
bicicleta, uma Dinamarca discreta, valorização do garí que vence a desigualdade
e esse reinado sucumbido, falo que pode ser e não tem sido, o pensar diferente,
trafegar na mente de um novo progresso, pois esse imenso universo carente de
Salomão e Davi, que ainda possa emergir, quero estar aqui, pelo silêncio que
dita, que a arte não minta e possa esculpir, lá do sertão que o canal morreu, a
poeira corroeu e ainda que não se reconheça, que a garganta que arrebenta e
nada diz, ao que clamo e aguardo, a petição composta, quem sabe se o pensar
fugaz e a poesia confere a sensatez impedindo o desdenho por tudo que sou e
tenho, a poesia que sente, fala e não mente.
Giovane Silva Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário