Prisioneiro de mim
Quando olho no porão escuro eu logo me vejo, escondido,
recolhido, começo a meditar, onde está aquele pensamento atrevido, aquele
anseio e aquele brio, o desejo de puxar a espada, então, vejo que minha jornada
pode estar condenada, pois a poesia está enclausurada, sem forças para reagir,
aprender, emergir, a cada dia o porão ganha vida, muitos pensamento habitados
por lá, uma riqueza na escuridão, o tesouro que não pode ser garimpado, o
pirata não tem o mapa, o castelo foi abandonada, nesse lar sem céu, sem
estrelas, sem o luar, a mente que não aceita amar, o coração que parou,
suspirando com dor, sem barulho, nem ratos e nem morcegos, somente os medos, a
covardia, pois a vida é uma pressão, se não entender vira depressão, e nessa
escuridão, sem dá oportunidade e sem colocar opinião, digo então, reflexo do rosto é não, seu céu é vermelho, eu
triste não me reconheço no espelho, eu falo pra mim, sou mesmo assim um
prisioneiro de mim.
Giovane Silva Santos
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