Como insistir na mesma tecla
Percebo um detalhe no dna, uma febre falha falida, uma
arquitetura defasada e triste, um poeta em um jardim murcho, grão, que deveria
morrer o trigo para nascer o pão, mas o joio é o tempero, amargo celeiro dessa
constelação, estrela que não brilha, sol que não aquece, água que não mata
sede, um peixe na rede, uma canção vulgar, nesse teatro da vida, literalmente
dançar, não se entende essas almas, que navegou na contramão e insiste mesmo
nessa ocasião, morrer na miséria exploradora, de uma velha doadora, como
insistir na mesma tecla, vamos reaja, não lamenta, faz diferente, comece do
zero, saia do retrocesso, refaz o processo e como menino volte a sonhar.
Giovane Silva Santos
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