Minha vida prostituta
Eu vou revelar, eu fudi com minha infância, estuprei minha
adolescência, e o cafetão vendeu minha juventude, rebeldia, fantasia,
pornografia, não gente, uma poesia, um relato, um fato, se roeu foi rato, se
miou foi gato, para quem vive e viveu muito fato, corriqueiramente a gente
constrói uma redação, um jornal, uma publicação, se errei e pequei pedi perdão,
se você julga, não importo não, nestes fatos e nessa exposição, meu desabafo,
do erro a apartação, matei algumas esperanças, feri sentimentos de criança, foi
velado vezes em cemitérios, quantas almas que bradaram vida, emergiram a
possibilidade de vencer, pois bem, não sei se machuquei você, mas por toda perturbação,
contrito, erro e dilaceração, pela medida de orgulho e ambição, meu olhar
invejoso, meus lábios felinos e o rancoroso coração, agora, ao longo dessa
consideração, sabedor do sim e do não, aparte me senhor da vida prostituta e
faz-me um reto cidadão.
Giovane Silva Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário