Como posso não aceitar esse
cálice
Acordei atordoado, daqueles sonhos que puxam a orelha, que
reclama com razão, que faz entender a samba da vida, oh meu Deus como pequeno
miserável eu sou, entendo agora que cavei o poço que entrei, criei o deserto
que andei, matei a sorte que me deste, até o pai foi um motivo de crescimento,
mas não entendi o agradecimento, hoje eu converso com as paredes, pois a poesia
sem vida é morta, um imbecil que fecha a porta, da boa ação, da oportunidade,
como sou fraco, sou nada x nada, sou a pior da criatura, mesmo que a multidão
fale, eu sem razão preciso aprender, que nessa altura da vida, preciso ser
honesto, não abusar da velha sorte, que me aparta da morte, como posso não
aceitar esse cálice.
Giovane Silva Santos
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