quarta-feira, 31 de julho de 2019


Como posso não aceitar esse cálice

Acordei atordoado, daqueles sonhos que puxam a orelha, que reclama com razão, que faz entender a samba da vida, oh meu Deus como pequeno miserável eu sou, entendo agora que cavei o poço que entrei, criei o deserto que andei, matei a sorte que me deste, até o pai foi um motivo de crescimento, mas não entendi o agradecimento, hoje eu converso com as paredes, pois a poesia sem vida é morta, um imbecil que fecha a porta, da boa ação, da oportunidade, como sou fraco, sou nada x nada, sou a pior da criatura, mesmo que a multidão fale, eu sem razão preciso aprender, que nessa altura da vida, preciso ser honesto, não abusar da velha sorte, que me aparta da morte, como posso não aceitar esse cálice.

Giovane Silva Santos

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